terça-feira, 12 de agosto de 2008

POLÊMICA SOBRE A NOVA BOLA DE VÔLEI QUE ESTÁ SENDO UTILIZADA NAS OLIMPÍADAS

Como um jogador (amador...beeeem amador) de volei, estou assistindo (ou tentando devido aos horários) as partidas das seleções Masculina e Feminina. Durante as transmissões, ouvi que os atletas estão reclamando da nova bola que está sendo utilizada nas olimpíadas, que não é a mesma que foi usada na liga mundial. Hoje fiquei sabendo que o Giba não jogou contra a Sérvia por causa de uma lesão sofrida devido ao uso da nova bola, depois ele mesmo disse em seu blog que foi apenas uma tendinite no ombro.

Fui no site da Miakasa e não achei nada sobre a nova bola, apenas que ela já esta sendo vendida por US$ 59,00. Continuei procurando e achei uma ótima reportagem no site da Globo.com sobre o assunto...segue a reportagem na integra que eu reproduzo aqui.

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17/07/08 - 06h45 - Atualizado em 17/07/08 - 11h24


Nova bola de vôlei gera polêmica
Atletas da seleção reclamam da mudança que será feita para Pequim
André Amaral, Carol Oliveira e Thiago Lavinas Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro


Nova bola de vôlei, que será usada em Pequim


Para o levantador Marcelinho, ela parece uma bola de basquete. O meio-de-rede André Heller acha que ela lembra 'uma bexiga'. Ninguém da seleção brasileira de vôlei sabe defini-la muito bem, mas o fato é que a nova bola, que será usada a partir das Olimpíadas de Pequim, está reprovada. O time de Bernardinho, às vésperas da fase final da Liga Mundial, vai se acostumando aos poucos com a novidade. Os jogadores vêm mesclando treinos com o modelo antigo e com o novo. Após as finais, eles terão apenas duas semanas de treinos com a bola olímpica. - Em um ano tão importante como este, mudar a bola sem consultar os atletas é um desrespeito - reclama Giba.

O líbero Serginho e o ponteiro Dante, que joga como passador, estão entre os que mais devem sofrer na adaptação à nova bola.

- No ataque, não sinto diferença. Mas, como passador, fica muito complicada. Ela viaja muito. Se vier molhada, já era. É completamente lisa - critica Dante.

Segundo a FIVB, que instituiu a mudança, a nova bola é mais leve que a última versão. As principais mudanças são no material de cobertura e nas costuras. Somente as linhas são coladas, não mais as camadas por completo. O objetivo é usar um modelo mais leve e que permita uma estabilidade maior no ar. Após Pequim, as federações nacionais vão decidir se ela será oficializada.



- Não sei dizer se ela é leve. É diferente. Parece uma bola de basquete. Mas é mais lisa. Só acho que não foi a decisão acertada trocar a bola que estávamos acostumados - diz Marcelinho. Bernardinho também reclama da novidade. Para ele, o ideal é que a nova bola tivesse sido testada durante a temporada. - Treinamos os últimos dias com essa nova bola. Ela é mais leve e bem diferente. Quem sofre mais são o líbero e os passadores. É mais difícil ter o domínio da bola. É preciso de um tempo para adaptação. Treinamos quatro anos com uma bola e na hora da competição mais importante jogamos com a outra. Se pelo menos jogássemos a temporada inteira com ela. Mas 20 dias antes da Olimpíada ainda jogamos a final da Liga Mundial com a bola antiga. O levantador Bruninho diz que a mudança prejudicou um dos principais adversários do Brasil na luta pelo ouro olímpico.

- É um desrespeito da Federação Internacional com os atletas. Isso é muito complicado. Treinamos quatro anos com uma bola e aí na hora mais importante eles trocam? A Bulgária resolveu só treinar com essa nova e perdeu jogos na Liga Mundial por causa disso.

Fonte: Site Globo.com

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